Quando as estrelas caem
e nada pode me levantar
e o meu chão vira teto
só me resta dizer amém
só me resta acreditar
nos planos do Arquiteto
Quando os salgueiros choram
minhas lágrimas são dilúvio
e pra me salvar Arca não há
batidas descompassadas se apegam
mas não tenho outra opção, viúvo,
a não ser deixar que se vá
Quando o vulcão adormece
eu me permito – preciso - sonhar
assim o magma fresco mantém o calor
sonhar me fortalece, me aquece
enche meus pulmões de ar
dá vida à sépia batida e sem cor
Assim eu pinto minha natureza
com um Sol que não gira sozinho
com uma Lua que míngua na solidão
assim encontro beleza, pureza
quando volto – sempre – ao ninho
e encontro você em meu coração
Robson Ribeiro
Robson,
ResponderExcluirVocê tem a alma transparente por isso seus versos são tão verdadeiros. Você revela o seu momento em forma de poesia. Nós precisamos disso para desabafar, confessar, chorar nossos sentimentos. Nossos desejos.Sua poesia é você.
Você está se revelando um grande poeta. Um belo e triste poema.
Uma vida sem sonhos não é uma vida. Precisamos de cada um deles para seguir em frente.
Veja essa frase:"Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade". [D. Quixote]
Confesso que isso eu ainda não vivi mas continuo sonhando. Preciso de cada sonho meu por mais bobo que possa parecer.
É bom tem um ninho para voltar e encontrar quem desejamos.
Bjos
Patricia
obrigado =)
ResponderExcluireu adoro o dom quixote, um dos personagens mais lúcidos que já li. esta citação diz tudo.
beijo